Autor: Fábio Bandeira de Mello – é Diretor de Assinaturas do Administradores.com/CEO do Atletas Brasil/ Professor de MBA em Empreendedorismo e Marketing/Mestre em Jornalismo/Especializado em Jornalismo Digital.la Universidad Europea de Madrid (ESP) em “Liderazgo y gestión de equipos de alto rendimiento”/ Coautor dos e-books “13 ensinamentos de marketing para gerar mais resultados” e “10 ensinamentos para ser um líder de alta performance”.
Publicação: administradores.com
“O antigo Marketing morreu”. Essa frase não é minha. Na verdade, escutei pela primeira vez em 2012 do Philip Kotler quando ele destacava as mudanças do comportamento de consumo das pessoas. De como elas estavam sendo impactadas nos dias atuais e como reagem diante deste cenário.
Na época, voltando ao Kotler, o professor destacou que essa mudança estava atrelada ao conceito de Marketing 3.0, que são as ações estratégicas centradas no ser humano, onde serviços e culturas empresariais devem gerar relacionamentos e adotar e refletir valores humanos para serem bem-sucedidos.
A título de conceituação e, caso não esteja familiarizado com esses “um ponto zero”, “dois pontos zero” (São quase motores de carro!), resumidamente, o significado é o seguinte: o Marketing 1.0 está atrelado e focado no produto, o 2.0 é focado no consumidor e – até a finalização deste artigo – Kotler já embalava o conceito do 4.0 (livro lançado em 2017), na passagem do marketing tradicional para o digital. Tenho certeza que, se a idade permitir, passaremos facilmente até o 10.0.
Claro que outros autores e pesquisadores já sinalizavam, até bem antes, toda essa transformação indicada nos livros de Kotler. Eu mesmo já venho estudando essa mudança e transformação do Marketing e da Comunicação Digital desde 2010. Mas a ideia aqui não é criar uma disputa de quem disse primeiro ou qualquer coisa do gênero. Pelo contrário, é você entender que aquele Markting que fazíamos no passado não cabe mais hoje, não apresenta mais tanto resultado. E pasmém, ainda tem muita empresa que não o largou.
Mas o que era esse Marketing do passado?
O marketing era uma via de mão única. A jornada de compra seguia um processo simplificado. A empresa anunciava, geralmente através de grandes mídias de massa, o público via aquela mensagem sem poder interagir e, assim, comprava (ou não) o produto no ponto de venda mais próximo. Quanto maior a verba em publicidade, maior era a quantidade de pessoas impactadas pela marca.
Além disso, geralmente as campanhas tinham o intuito exclusivamente em vender o produto/serviço, criar naquele momento o desejo de compra, claro, aliada a criatividade. Não era difícil também que o marketing, a publicidade, o setor de vendas e o de Relações Públicas trabalhassem separados, muitas vezes, em conflito até por ações e estratégias não comunicadas.
E por que o antigo Marketing morreu?
Gostaria que pensasse em seu processo de compra. Por exemplo, quando você vai trocar de celular ou até mesmo de carro. O que você faz? Não continue a leitura agora, pare realmente um minuto e pense.
Se você faz parte da grande maioria dos brasileiros, possivelmente, indicou que olha pela internet suas especificações, faz comparações de preços ou de modelos nos sites, verifica opinião de outros consumidores (de amigos ou em sites especializados). Ou seja, você passa a ser um consumidor muito mais ativo, engajado do que aquele do passado. A nossa revolução digital transformou a nossa jornada de compra, deixando nós – como consumidores – muito mais munidos de conhecimento sobre cada produto e serviço.
Uma pesquisa da consultoria TNS Research International – nem tão recente assim – de 2010, indicou que mais de 90% das pessoas pesquisam na internet na hora de fazer uma compra. Imagine hoje! Inclusive, não é muito anormal os consumidores chegarem na loja sabendo mais especificações e detalhes do produto que o próprio vendedor. Vivemos a era da informação.
E hoje?
Pare mais um minuto e comece a analisar novamente o seu comportamento de compra. Das marcas que você gosta e está habitualmente a consumir. Por que você as consome? Por que você assina determinado serviço?
Qualidade? Corresponde à sua necessidade? Você gosta da marca e a forma como ela interage com você? Tudo isso junto? Então, uma das importantes questões que empresas e marcas estão percebendo é que além da qualidade, desenvolver um relacionamento com seu público faz com que você fidelize e conquiste mais o seu público.
Em um futuro próximo vamos nos aprofundar sobre estratégias (em outro artigo), mas só para adiantar, hoje, as pessoas que estão tendo os melhores resultados através do Marketing Digital são aquelas que geram esse relacionamento. Como? Primeiramente oferecendo conteúdo gratuito de qualidade (gerando atenção), assim já é possível conseguir os dados principais do consumidor (nome, e-mail, telefone), depois mais conteúdo de qualidade e geração de empatia e interesse.
Quando o consumidor nota, já está envolvido com a marca, com o serviço e a proposta vem através de uma oferta matadora que acabam adquirindo. Envolvimento, relacionamento, experiência, e claro, qualidade e oferta que resolva o problema do consumidor. Esses são os caminhos que tem feito muita gente ganhar grana utilizando a internet ao seu favor. Advogados de marca: A WorldSense te ensina como conquistar os seus com branding Patrocinado
Outra diferença? Esqueça o Marketing de Massa. Os melhores resultados aparecem quando você foca realmente em um público que tem interesse. Quando você encontra seu nicho, conversa com o cliente (ouve, ajuda, informa, compartilha, se faz presente) e realmente faz a sua solução resolver o problema dele, com certeza, você terá mais chances de um bom resultado.
A pergunta que fica é: será que você está fazendo esse novo Marketing em sua empresa? Se a resposta for não, passou a hora de começar.